terça-feira, 3 de maio de 2011

Dois poemas de Manuela Reis




Hera

Eis que morreste
no pátio,
mesmo junto
da fonte,
antes de beber.
Eras longa,
esguia.

Ninguém poderia
ter adivinhado
o teu destino,
junto da água
onde
beberas
sempre.






Marulhar das águas

Fecho os olhos
O marulhar das águas
amplia a imensidão
das viagens que fiz
sem ninguém saber.

Azuis Verdes  Barcos no Horizonte

Cabo Bojador apontado em frente na proa do Navio
em que vou sem nada me deter...


Manuela Reis

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