segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Centenário da primeira representação do Bailado Petruchka de Igor Stravinsky (1882-1971).


Stravinsky e Nijiinsky 

No ano de 2011 celebram-se duas importantes efemérides musicais: o centenário da morte do grande compositor/maestro Gustav Mahler (7/7/1860 – 18/5/1911) e o segundo centenário do nascimento do compositor Franz Liszt (22/10/1811- 31/7/1886). Noutros posts abordaremos estas efemérides.
Hoje vamos dar a conhecer Igor Stravinsky (1882-1971), que compôs óperas, bailados, sinfonias, concertos, no centenário da primeira representação do seu Bailado Petruchka.

“Pétrouchka” ou “Petrushka”, estreado no Teatro do Châtelet, em Paris no Verão de 1911 pelos Ballets Russos de Sérgio de Diaguilev, é, sem sombra de dúvida, uma das obras-primas do século vinte.
Ao mesmo tempo, divertida, violenta e romântica, onde a pobreza convive com o brilho do ouro e o amor luta com as teias do ciúme, esta peça foi concebida com tal talento e maestria que delicia tanto os artistas que a interpretam como o público que a ela assiste.

Tudo faz sentido nessa dança “perfeita” saída do universo artístico e pessoal de Diaguilev, desde a comovente história aos magníficos cenários e figurinos (assinados por Alexandre Benois) passando, naturalmente, pela genial música de Igor Stravinski. A coreografia de Mikhail Fokine é uma pérola de rigor, beleza e modernidade – no início do século passado - juntando o teatro à dança, e muitos passos da escola clássica com habilidades circenses e danças de rua. Alternando cenas de multidão com outras que nos remetem para o pequeno, mas complexo, mundo dos três bonecos – decalcados dos “dom robertos” das antigas feiras russas – foi o talento de Diaguilev que juntou todos os criadores (de alto gabarito) de “Petruchka”, fazendo desta obra um sucesso imediato.

Petruchka dirigido pelo maestro Pierre Monteux e foi composto para os ballets de  Sergei Diaghilev. A coreografia desta estreia foi de Mikhail Fokine, e o principal intérprete foi Vaslav Nijinsky. Foi um êxito retumbante, o que em 1913 não viria a acontecer com a grande obra-prima A Sagração da Primavera.

Se houve quem afirmasse que Nijinski era inimitável no papel do pobre palhaço “Petrushka” - não se sabia se era um homem que imitava um boneco ou ser era uma marioneta que tinha adquirido alma humana”

Podem um resumo do argumento AQUI (escrito em Francês).

Poderão apreciar esta maravilha, com a duração total de 30 minutos.









Petrushka: Andris Liepa; The Ballerina: Tatiana Beletskaya; The Moor: Gedminas Taranda; Magician: Sergey Petukhov


Rui Cunha

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