Homenagem
a Albano Martins
No próximo dia 25 de Maio, pelas 16h, vai ser
inaugurada na Fundação Engº António de
Almeida, na Rua Tenente Valadim, nº 325, no Porto, uma exposição
biobibliográfica em homenagem ao poeta Albano Martins intitulada “Tempo e Memória”,
que estará patente ao público até ao dia 1 de junho, de segunda a sexta, entre
as 14h30 e as 18h30. Sábado, dia 1 de junho, entre as 14h30 e as 17h30. A
organização está a cargo da Câmara Municipal do Porto, da Fundação Engº António
de Almeida e do Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes. Este evento tem
como objectivo homenagear uma personalidade que, para além de professor,
escritor e tradutor, é um grande poeta de quem a cidade do Porto muito se
orgulha.
Albano Martins nasceu em 1930 na aldeia do Telhado,
concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, estando a residir na área do
Porto desde outubro de 1969.
Licenciado em Filologia Clássica pela Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário,
Inspector-coordenador da Inspecção-Geral do Ensino e ainda Professor da
Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Colaborador, no início dos anos 50, da revista
"Árvore", de que foi, a bem dizer, secretário da redacção a partir do
nº 2, tem colaboração dispersa por por outras numerosas revistas, entre elas a
" Colóquio-Letras" e a "Nova Renascença".
Entre 1983 e 1989, foi membro da direcção da
Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Participou em diversos congressos, no país e no
estrangeiro, sendo de salientar os vários Congressos Brasileiros de Língua e
Literatura que se realizaram, até 2007, na Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.
Para além de prolífico tradutor, organizou, para a
Imprensa Nacional-Casa da Moeda (Lisboa, 1987), uma Antologia do poeta
simbolista português Eugénio de Castro, antecedida de um prefácio de sua
autoria.
Tem colaboração, em prosa e verso, dispersa por
numerosos jornais e revistas, do país e do estrangeiro.
É membro da Associação Portuguesa de Escritores e do
P.E.N. Clube Português, Membro Honorário da Academia Cabofriense de Letras
(Estado do Rio de Janeiro) e doutor honoris causa pela Universidade São Marcos,
de São Paulo, Brasil. Foram-lhe atribuídos vários prémios e condecorações,
nomeadamente, pela Sociedade Brasileira de Língua e Literatura, do Rio de
Janeiro, a medalha Oskar Nobiling, de mérito cultural; Grande Oficial da Ordem
do Infante D. Henrique (pelo Presidente da República); Prémio de Tradução
instituído pela Sociedade de Língua Portuguesa, de Lisboa; Prémio Eça de
Queirós de Poesia, da Câmara Municipal de Lisboa; Grande Oficial da Ordem de
Mérito Docente e Cultural Gabriela Mistral (pelo Governo da República do Chile)
pela obra poética e tradução de Pablo Neruda; medalha de Ouro da Cidade do
Fundão.
Muitos dos seus poemas estão traduzidos em espanhol,
catalão, francês, italiano inglês, chinês (cantonense) e japonês.
A sua vasta obra (cerca de 40 títulos de poesia, prosa
e infanto-juvenil) tem merecido a atenção de alguns dos mais importantes
críticos e ensaístas contemporâneos, brasileiros e portugueses.
De entre as suas obras de poesia, salientam-se: Secura Verde (
1950) ; Coração
de Bússola ( 1967 ) ; Em Tempo e Memória ( 1974 ) ; A Margem do
Azul 1982 ) ; Vertical o Desejo ( 1988 ) ; Rodomel
Rododendro ( 1989 ) ; Vocação do Silêncio ( Poesia 1950-1985 ) ; Uma Colina
para os Lábios ( 1993 ) ; Com as Flores do Salgueiro ( 1995 ) ; O mesmo Nome
( 1996 ) ;
A Voz do Olhar ( 1998 ) ; Escrito a Vermelho ( 1999 ) ; Assim São as
Algas ( Poesia 1950-2000 ) ; Palinódias, Palimpsestos (
2006 ) ; As
Escarpas do Dia ( Poesia 1950-2010 ) ; Estão agora Floridas as Magnólias (
2012 ).
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