Gabriel Urbain Fauré (Pamier, 12 de maio de 1845 — Paris, 4 de novembro de 1924).
Filho de gente modesta, mostrou muito novo notáveis aptidões para a música, tanto que aos 8 anos, sem auxílio de mestre, fazia improvisações no harmónio da igreja de Montgauzy.Em 1855 Fauré entra para a afamada Escola Niedermeyer, de Paris, onde permanece como aluno interno até 1865, onde recebeu uma sólida educação musical e geral.Deixou uma vastíssima obra musical para piano, harpa, música de câmara, mais de 100 canções, inúmeras obras vocais religiosas, música sinfónica e 2 óperas.Em tempo de “loucura por Wagner”, conservou o seu classicismo francês, sem se deixar influenciar pela moda. Em 1920 aposentou-se do conservatório devida à sua surdez.
Hoje apresento a que considero a sua obra maior, o Requiem op. 48.Esta obra foi composta por fases entre 1887/1888 (original) e 1900, durante as quais lhe foi acrescentando vários instrumentos e tornando-a mais orquestral. Teve, esta versão, a sua primeira execução em 6 de Abril de 1900.
A propósito desta obra, Fauré afirmou: “O meu Requiem foi composto por nada…por gozo… se posso dizer… Talvez tenha assim, instintivamente, procurado sair do convencional, pois há muito que acompanho ao órgão as celebrações das exéquias! Eu já o tinha na cabeça… quis fazer outra coisa”.
A forma é inovadora, saindo da tradicional escrita musical e literária dos Requiem contemporâneos. Há nitidamente um afastamento do sentimentalismo dramático, na busca de uma espiritualidade pascal que não esconde a morte, mas supera-a. Isso aprendeu Fauré, no serviço litúrgico de organista. “O meu Requiem… alguém disse que não exprime o terror da morte, alguém lhe chamou o embalo da morte: como uma feliz libertação, uma aspiração à felicidade do além, mais do que uma passagem dolorosa”. É esta bem-aventurança dos “Felizes os mortos que morrem no Senhor” que lhe confere a infra-estrutura do canto gregoriano que perpassa e unifica o seu Requiem, sem negar a justa dimensão dramática, perfeitamente integrada.
La Chambre Phiharmonique (performing with historical instruments)- Emmanuel Krivine, conductor
INTERPRETES : Sophie Karthäuser, soprano-Thomas Bauer, baritone-"Les Éléments" Chamber Choir
Introitus
Requiem aeternam dona eis, Domine,
Repouso eterno dá-lhes, Senhor,
Et lux perpetua luceat eis.
E luz perpétua os ilumine.
Te decet hymnus, Deus, in Sion,
Tu és digno de hinos, ó Deus, em Sião,
et tibi reddetur votum in Jerusalem:
e a ti rendemos homenagens em Jerusalém:
Exaudi orationem meam,
Ouve a minha oração,
ad te omnis caro veniet.
diante de Ti toda carne comparecerá.
Kyrie
Kyrie eleison.
Senhor, tem piedade.
Christe eleison.
Cristo, tem piedade.
Kyrie eleison.
Offertorium
Domine Jesu Christe, Rex gloriae,
Senhor Jesus Cristo, Rei da Glória,
libera animas omnium defunctorum
liberta as almas de todos os que morreram
de poenis inferni et de profundo lacu:
das penas do inferno e do lago profundo:
Libera eas de ore leonis,
Libertai-as da boca do leão
Ne absorbeat eas tatarus,
Que não sejam absorvidas no inferno,
ne cadant in obscurum:
nem caiam na escuridão:
Hostias et preces tibi, Domine, laudis offerimus:
Sacrifícios e preces a Ti, Senhor, oferecemos com louvores:
Tu suscipe pro animabus illis,
Recebe-os em favor daquelas almas,
quarum hodie memoriam facimus:
Das quais hoje nos lembramos:
Fac eas, Domine, de morte transire ad vitam.
Fazei-as, Senhor, da morte passarem para a vida.
Quam olim Abrahae promisisti et semini ejus.
Conforme prometeste a Abraão e à sua descendência.
Tudo Vale a pena se a alma não é pequena é o subtítulo.
Na apresentação podemos ler: Acima do gosto de me dar a conhecer - eu que, como todos os outros, não me conheço -, alimento a ideia de que a internete pode ser um veículo de crescimento. Com respeito pelos outros, com rigor, mas também com especulação fundamentada, com irreverência. A todos apelo aos comentários que ajudem nesta tarefa e a todos convido à humildade que leva a perguntar, a querer saber mais. Sempre admitindo que cada coisa tem em si o seu contrário: TO BE AND NOT TO BE IS THE ANSWER.
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No dia 20 de Junho pelas 17:00 no Instítuto Cultural D. António Ferreira Gomes será feita a apresentação do livro de poesia "São douradas as cordas" da autoria de Daniel Basílio.
A obra será apresentada pelo Professor Doutor Levi Guerra e comentada pelo Prof. Doutor Gustavo Rubim.
A palavra ao autor: "A verdade é que não deixei de escrever, embora não "redija" nada numa folha de papel há muito... Creio que a escrita pré-existe, de facto, à fala e, mais ainda, ao próprio pensamento. São textos inteiros que surgem na minha mente esperando ser lidos e fruídos, como o som da música e a luz do sol sobre os campos, que então se tornam verde-solar.
Admito que nada tenho para provar esta constatação. Mas é nos momentos em que "leio" estes textos aeriformes que sinto a mais profunda literatura. São eles a pureza da fonte, ou a certeza da fé... E interpreto-os como um músico uma partitura, utilizando o instrumento ao meu dispor - que sou eu mesmo."
Aqui pode ser lido um texto Prof. Doutor Gustavo Rubim sobre a obra.
O documentário Quem vai à Guerra da autoria de Marta Pessoa contou com a participação da colega Lurdes Costa terá a sua estreia nas salas de cinema a 16 de Junho no Alvalade em Lisboa Forum, em Aveiro e Mar Shoping em Leça da Palmeira (Matosinhos - Porto)
Sinopse: A Guerra Colonial vista por mulheres que a sentitam. Podemos ver o trailer AQUI.
A cadeira de Filosofia Aplicada tem como objectivo efectuar reflexões temáticas que permitam atingir níveis elevados de esclarecimento das ideias primordiais, relativas aos temas em análise.
Desenvolver esta actividade num grupo multifacetado em que as crianças e os avós vão REFLECTIR sobre o mesmo tema e no mesmo momento, será por certo uma experiência única!
- pela profunda exposição à verdade existencial;
- pela contemplação do pensamento inter-geracional;
- pela ternura que esta vivência nos vai proporcionar;